Sunday, October 29, 2006


MUSE IN PROCESS

Pois bem, na 5ª feira passada fui uma das pessoas que ajudou a esgotar a praça de touros Campo Pequeno em Lisboa no concerto da espectacular banda britânica MUSE. Cheguei ao Campo Pequeno às 19h e já estava muita gente à espera nas filas para entrar ou trocar senhas da fnac por bilhetes. Depois ao entrar depois das 20h e vislumbrar o Campo Pequeno, devo dizer que apesar de não ser apreciador das touradas, devo dizer que o edíficio em si está arquitectónicamente bem desenhado e consegue sobressair-se na paisagem urbana de Lisboa, embora não pareça, devido à presença de arvoredo na zona. Das bancadas, embora apertadinhas, não estavam mal e podia-se vislumbrar bem o palco, e a acústica a que se pretendia para o tipo de concerto que era. A abrir as hostilidades estiveram os catalães (?) Poet In Process, uma banda rock desconhecida do povo português, que na minha opinião, em 5 músicas tocaram 3 boas malhas, as últimas - em que sobressaiu o dançar de pés da vocalista, e alguns solos de guitarra bem sacados. Nesse concerto eu, como quem estava nas bancadas permaneceu sentado. Neste concerto, não houve grande feedback do público, o que é normal porque praticamente ninguém os conhecia. Posso dizer que pela frente podem ter uma carreira promissora. E depois de meia-hora de espera de alguns falsos alaarmes lá entraram em palco os MUSE num início calminho como Take a Bow, mas logo a seguir entraram a abrir com Hysteria. Foram 16 músicas + 3 após encore onde entraram algumas músicas do novo álbum Black Holes and Revelations e outras tantas grandes músicas dos outros 3 álbuns que fizeram de mim e de todo o público os mais maravilhados com todo espectáculo musical e audiovisual que ali acontecia. Foi uma setlist muito bem escolhida. Desde a uma bateria envolta numa estrutura com com luzes psicadélicas e imagem, a um ecrã gigante com o aspecto visual de acompanhamento das músicas, a balões gigantes que percorreram a plateia e o palco, a jactos de fumo no final de concerto. E claro o mais importante, o vocalista Mathew Bellamy com o sua atitude carismática em palco desde ao excentrismo com as guitarras que passaram pelas suas mãos, à aparente tranquilidade das baladas em piano. E os outros membros da banda Dominic Howard (baterista) e Christopher Wolstenholme (baixista) embora mais discretos, cumpriram na perfeição os seus papéis: a batida perfeita e os acordes que se complementavam com a guitarra eléctrica. A banda entre as músicas não falaram muito, mas também o que havia pra dizer se as músicas falavam por si? E o público respondia à intensidade do concerto com saltos, com gritos, com as canções na ponta da língua, com palmas, e com mosh também e a banda sentiu o carinho do público fã.
O que posso dizer mais é que foi o concerto da minha vida e que espero voltar grandes concertos deles seja onde fôr. Enquanto existirem os Muse e concertos destes, a música será motivo de felicidade para muita gente.
Depois desta experiência de ir a um concerto na capital e (quase) sozinho, estou disposto a ver mais coisas bonitas: Radiohead, White Stripes, David Bowie, Depeche Mode, Oasis e outros tantos - podem vir que estou disposto a ir ver-vos!

Thursday, October 12, 2006


(DES)ENCANTOS DE AVEIRO

Fiz um trabalho de grupo para a disciplina de Planeamento Ambiental que constava em deslocar a pé a vários locais da cidade de Aveiro - avenida, praça do peixe, parques, bairros... - e ter uma percepção sensorial de um determinado parâmetro ambiental - o do meu grupo é a segurança. E decidimos ver o parâmetro da segurança a nível do estado e dimensionamento das vias e passeios, como estão as diferentes mobilidades segregadas e a sinalização dos locais. E vemos que em Aveiro as condições para a mobilidade e por si só para a segurança estão em geral más, nalguns locais mesmo péssimo: passeios de larguras reduzidas que não dá pra duas pessoas se cruzarem sem uma delas ter de ir para a estrada, ou estes terem buracos descomunais da implantação de infra-estruturas e cujas pedras da calçada não foram bem repostas e irregularidades no piso e calçada portuguesa em mau estado de conservação; caleiras das árvores a rebentar pelas costuras, passeios que não são rebaixados o que é mau pra pessoas de mobilidade reduzida e carros de bebé. As estradas/vias, na maioria delas também têm buracos ou remendos muito mal feitos,traços horizontais que quase nem se vêm. Em dias de chuva é mobilidade é pior. Ruas de tráfego com sérias dificuldades de manobras para os veículos. Carros estacionados nos passeios, paragens de autocarro a ocupar toda largura do passeio onde se geram conflitos de pessoas em movimento com pessoas paradas à espero do autocarro. Ciclovias interrompidas de forma esquisita. Cenas assim. O estado dos edíficios mais antigos em Aveiro também é de ter pena - muitos em más condições e a cair aos bocados, mesmo nas principais avenidas da cidade já a pedirem: "Venham cá demolir-me" enquanto que outros pedem um restauro sério. Autoridades e proprietários façam algo. Espero que ao obter as verbas necessárias - maybe Quadro Comunitário de Apoio, a autarquia possa corrigir muitos destes problemas que afectam o quotidiano dos que nesta cidade vivem e frequentam. Por outro lado, vale a pena frequentar locais que estão aparentemente em melhores condições e mais bonitos, embora não perfeitos: como o Canal da Fonte Nova, ou os Parques, o novo parque do Canal de São Roque ou mesmo a praça do Peixe, que será sempre um local de eleição na noite de Aveiro, pelo menos por enquanto.

Sunday, October 08, 2006


É DA PRACHE!!

Meus caros, pergunto-me se a praxe que fazem aos caloiros é uma coisa como dizem de socialização ou se de perda de tempo. Pelo que tenho visto acaba ser por ser uma coisa em que os caloiros acabam por fazer figuras ridículas desnecessárias e quem acaba por se divertir são mais propriamente os veteranos que os caloiros. E isto o que é que isto tem de socialização? Penso que há outras maneiras mais interessantes de poderem socializar e conhecer a cidade e a universidade: tipo rallie papers ou rallie tascas, passeios de buga ou cenas tipo paint ball ou jogos de futebol ou outro tipo de coisas lúdicas e/ou desportivas. Acho que são coisas bem melhores que obrigar os caloiros a rastejarem pelo chão ou a roçarem-se uns aos outros. Sei que em Aveiro a praxe é bem soft, mas ainda assim há coisas que são desnecessárias.
Eu confesso que eu próprio tenho traje académico (o qual não tenho usado) e já nos 2 anos anteriores praxei, mas o que retirei eu de bom nisso? Nada. Foi ver o pessoal a fazer figurinhas que a mim não me dizem nada. Se me dou bem com quem foi caloiro nessa altura não foi graças à praxe mas aos convívios que se têm nos tempos livres a conversar nos bares dos departamentos, ou na praça à noite, ou nos jantares de curso.
Eu também fui praxado um dia e na altura pareceu-me divertido mas com o pensamento que tenho hoje acho que não me sujeitaria a tais coisas que chegam a ser um pouco azeiteiras.
E há outra coisa: acredito que muitos caloiros que aceitam ser praxados para depois não serem mal vistos pelos colegas e/ou veteranos, ou até chantageados com cenas tipo: "Não foste praxado, por isso eu não te vou emprestar apontamentos."
Na minha opinião, o melhor dia do caloiro é mesmo o dia do cortejo académico em Maio em que todos curtem, cantam as músicas de curso (que não têm de ser músicas de praxe), bebem e convivem.
Esta última semana trouxe festas de erasmus, um jantar de curso que não fui mas do qual bebi do vinho que sobrou, 2 concertos reaggeas porreirinhos, algum alcóol e tabaco, uns segredos trocados com Olavo Bilac, e acabou com uma constipação, coff, coff. Espero amanhã estar bem melhor.