MUSE IN PROCESS
Pois bem, na 5ª feira passada fui uma das pessoas que ajudou a esgotar a praça de touros Campo Pequeno em Lisboa no concerto da espectacular banda britânica MUSE. Cheguei ao Campo Pequeno às 19h e já estava muita gente à espera nas filas para entrar ou trocar senhas da fnac por bilhetes. Depois ao entrar depois das 20h e vislumbrar o Campo Pequeno, devo dizer que apesar de não ser apreciador das touradas, devo dizer que o edíficio em si está arquitectónicamente bem desenhado e consegue sobressair-se na paisagem urbana de Lisboa, embora não pareça, devido à presença de arvoredo na zona. Das bancadas, embora apertadinhas, não estavam mal e podia-se vislumbrar bem o palco, e a acústica a que se pretendia para o tipo de concerto que era. A abrir as hostilidades estiveram os catalães (?) Poet In Process, uma banda rock desconhecida do povo português, que na minha opinião, em 5 músicas tocaram 3 boas malhas, as últimas - em que sobressaiu o dançar de pés da vocalista, e alguns solos de guitarra bem sacados. Nesse concerto eu, como quem estava nas bancadas permaneceu sentado. Neste concerto, não houve grande feedback do público, o que é normal porque praticamente ninguém os conhecia. Posso dizer que pela frente podem ter uma carreira promissora. E depois de meia-hora de espera de alguns falsos alaarmes lá entraram em palco os MUSE num início calminho como Take a Bow, mas logo a seguir entraram a abrir com Hysteria. Foram 16 músicas + 3 após encore onde entraram algumas músicas do novo álbum Black Holes and Revelations e outras tantas grandes músicas dos outros 3 álbuns que fizeram de mim e de todo o público os mais maravilhados com todo espectáculo musical e audiovisual que ali acontecia. Foi uma setlist muito bem escolhida. Desde a uma bateria envolta numa estrutura com com luzes psicadélicas e imagem, a um ecrã gigante com o aspecto visual de acompanhamento das músicas, a balões gigantes que percorreram a plateia e o palco, a jactos de fumo no final de concerto. E claro o mais importante, o vocalista Mathew Bellamy com o sua atitude carismática em palco desde ao excentrismo com as guitarras que passaram pelas suas mãos, à aparente tranquilidade das baladas em piano. E os outros membros da banda Dominic Howard (baterista) e Christopher Wolstenholme (baixista) embora mais discretos, cumpriram na perfeição os seus papéis: a batida perfeita e os acordes que se complementavam com a guitarra eléctrica. A banda entre as músicas não falaram muito, mas também o que havia pra dizer se as músicas falavam por si? E o público respondia à intensidade do concerto com saltos, com gritos, com as canções na ponta da língua, com palmas, e com mosh também e a banda sentiu o carinho do público fã.
O que posso dizer mais é que foi o concerto da minha vida e que espero voltar grandes concertos deles seja onde fôr. Enquanto existirem os Muse e concertos destes, a música será motivo de felicidade para muita gente.
Depois desta experiência de ir a um concerto na capital e (quase) sozinho, estou disposto a ver mais coisas bonitas: Radiohead, White Stripes, David Bowie, Depeche Mode, Oasis e outros tantos - podem vir que estou disposto a ir ver-vos!